Edir Macedo em vídeos polêmicos

Este vídeo postado no Youtube é outra preciosidade. Interessante é que ele não serve muito para usar de argumentos para os cristãos. Pois quem suspeitava do bispo Edir Macedo talvez diga que encontrou as "provas" neste vídeo. E quem é fiel ao Edir, continuará sendo.

Mesmo que houvesse um (ou vários) líder religioso que desviasse dinheiro, ainda assim os cristãos não se abalariam nem um pouco. Quem acredita que os criminosos serão julgados de alguma forma, quer no Juízo Final ou etc, nem se importa tanto se for roubado. Assim se algum padre ou pastor ou etc desviasse dinheiro, a fé dos cristãos no cristianismo continuaria. Diriam algo como:

"não me importo se o líder de minha igreja desvia o dinheiro. Eu fiz minha parte doando e se ele desviar o dinheiro ele arcará com as consequências por parte de Deus."

A idéia dos cristãos é que mesmo que algum líder corrupto (caso exista) não seja descoberto ou punido pela justiça "dos homens" ele não escaparia da justiça de Deus. O que pode deixar os cristãos conformistas com a situação. Outros religiosos compartilham de opiniões semelhantes. O que poderia fazer com que cristãos, e demais religiosos em geral, fossem boas vítimas de golpes, afinal eles nem precisam correr atrás de justiça "dos homens" não é mesmo? Já que Deus providenciaria uma justiça num futuro qualquer.

Mesmo assim, vale a pena assistir...




Edir Macedo



Há outro vídeo mais abaixo.

A maioria padres, pastores, médiuns e etc, agem de boa fé (quero crer nisto pelo menos). A maioria deve pensar que estão inspirados por algum deus ou espírito bom. Entretanto, sempre achei estranho que se doe dinheiro para os líderes e não para quem precisa. O "assíduo de templos", acha que terceirizar a oferta é melhor. Por exemplo, o evangélico entrega para o pastor esperando que ele entregue para os pobres.

Mas os livros sagrados (a Bíblia pelo menos) tendem a dizer para "doar aos pobres" e não "doar para o pastor e este doará aos pobres". Falta de tempo do mundo moderno leva as pessoas a terceirizarem suas ofertas?

Jesus, segundo a lenda, teria morrido pobre, não fundou templos, igrejas, seria favorável a tantos templos e tanto ouro, como tem no Vaticano? Tantas mansões, carros de luxo quanto tem os grandes líderes evangélicos?

Continuando, não dá para generalizar, mas achava isto muito contraditório, mesmo quando eu era cristão, na filosofia das igrejas e templos cristãos, com a filosofia cristã propriamente dita. Com a vida de Jesus Cristo, segundo a lenda.



Edir Macedo, outro vídeo
(o vídeo não foi postado por mim no Youtube)



Leia também:



Dancem Macacos Dancem

Certa vez, me mandaram o vídeo abaixo. Achei bem interessante. O poema é ótimo, mas as imagens também falam por si :o)))


Dance Monkeys Dance!! (legendado)- Ernest cline

"Poema/video escrito/produzido por Ernest cline (www.ernestcline.com) e que coloco aqui para divulgação.
É um curta que ilustra e tenta discutir um pouco a nossa condição humana, sob uma ótica bem-humorada."


Se preferir assistir a versão em português:

"Vídeo criado por Ernest Cline (www.ernestcline.com) - Uma abordagem divertida trazendo a realidade do pensamento humano - Versão narrada em português (Brasil)."






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Que deus? [Humor]

que deus?


Um professor de Filosofia entra na sala de aula e escreve no quadro:


"Provem-me que nenhum deus existe".

Apressadamente, os alunos começam a escrever longas dissertações sobre assunto. Um dos alunos, no entanto, escreve apenas duas palavras em uma folha e a entrega ao professor. Este, quando a recebe e lê o que nela está escrito, não se contém e sorri. Estava escrito, simplesmente:

"que deus?"






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'A religião está no cérebro', garante especialista

Ima Sanchés

"Tenho 69 anos. Nasci e vivo em Barcelona. Sou padre e catedrático em Antropologia na UAB. Defendo uma sociedade baseada nos valores da Revolução Francesa. Religiosamente, inspiro-me nos Evangelhos, ainda que muitas das estruturas eclesiásticas me incomodem. Escrevi Dios, Creences i Neurones". Confira a entrevista com o especialista em neurorreligião Ramón M. Nogués.

Qual é a pergunta que orienta seu trabalho?

Por que a espécie humana deu tanta importância à experiência religiosa, e como podemos conectar essa experiência àquilo que hoje sabemos sobre o cérebro.

Deus está no cérebro?

Não Deus, mas a religião está. Os lobos frontais se ativam por ocasião de experiências religiosas muito significativas.

É fato que a meditação altera nossas ondas cerebrais?

Sim. Existem muitos estudos a respeito que demonstram, quando o cérebro é examinado por ressonância magnética ou encefalograma, que as pessoas que estão fazendo meditação sofrem modificações benéficas em sua experiência orgânica.

Benéficas de que forma?

O nível de saúde melhora em termos gerais; a hipertensão arterial cai, a secreção das glândulas supra-renais relacionadas ao estresse se reduz, as funções mentais são regularizadas, a concentração se torna mais fácil.

O que mais a ciência sabe?

Existe uma área no lobo temporal, relacionada a formas focais de epilepsia, que se ativa em caso de experiências místicas intensas. Newberg e D'Aquili, autores de um livro sobre a permanência de Deus em nossa cultura, estudaram pessoas como Santa Teresa, São Paulo, Dostoiévski, Van Gogh. As conclusões a que chegaram são de que os místicos e gênios compartilham de experiências que poderiam ser relacionadas a essas formas focais de epilepsia. Portanto, o misticismo e a patologia estão na mesma área, como você pode ver.

E qual e a opinião dos neurobiólogos?

Os que estudam fenômenos religiosos de um ponto de vista darwinista dizem que a experiência religiosa, tão fundamental para a vida humana, exerceu influência positiva sobre nossa evolução, porque, não fosse assim, teria sido eliminada.

Os geneticistas têm algo a dizer sobre isso?

Alguns estudiosos acreditam que pode haver um condicionante genético que facilite a experiência religiosa.

Isso significaria que a espiritualidade não é apenas cultural?

Exato. Hamer, autor de O Gene de Deus, descobriu que existia um gene que facilitava a presença abundante de um neurotransmissor relacionado a situações de tranqüilidade e paz, as quais facilitariam níveis de espiritualidade.

Há cientistas que investigam o poder da oração para a cura.

Sou cético quanto a isso. De acordo com o mais recente meta-estudo norte-americano sobre o tema, não existe influência detectável, mas eles recomendam que as pesquisas continuem. Mesmo assim, as pessoas que acreditam vivem mais e são mais felizes. Esse seria o aspecto subjetivo da experiência religiosa.

Outro tema apaixonante são as conversões.

É um grande tema histórico. A conversão de São Paulo é espetacular.

E há as de Graham Greene, Chesterton, T. S. Eliot, Oscar Wilde, Benson, Lewis...

Muitas dessas conversões surgiram em períodos de crise pessoal grave. E os psicólogos acreditam que sejam uma resposta a uma longa semeadura inconsciente que de repente aflora.

O senhor acredita que haja pessoas que falam com Deus?

Creio que as pessoas acreditem falar com Deus, e que é preciso ter em conta que nem toda experiência religiosa é boa.

O senhor soa bastante desmistificador.

Muito crente mas pouco crédulo.

Em que o senhor acredita?

Acredito em um universo que é um tudo, e a maior profundidade dessa realidade toda se chama Deus, para mim. Mas é preciso vigiar o desenvolvimento dessa idéia na prática religiosa, porque à medida que nos afastamos desse conceito podemos nos tornar vítimas de fantasias, perversões e interesses humanos.

Qual é sua opinião sobre o Espírito Santo?

É uma das imagens de Deus usada na tradição cristão, e indica que todos estamos animados por aquilo que os hebreus denominam "o sopro de Deus", e serve como uma metáfora da força de Deus em nós quando nele confiamos.

Deus interfere na vida humana?

Creio que as idéias religiosas sejam construções culturais, e que a idéia de que Deus interfira em nossas vidas é arcaica, e no passado permitia explicar muitas coisas que não tinham explicação. À medida que a cultura evolui, deixamos de precisar dessas explicações.

Os Evangelhos afirmam, textualmente, "pedi e recebereis".

Creio que seja preciso tratar com ceticismo a essa leitura do Evangelho, hoje, porque pode nos levar a conseqüências muito negativas sobre a idéia de Deus.

Por exemplo?

Duas mães oram a Deus que seus filhos doentes se curem, mas um morre e outro se cura: surge o perigo de dizermos que Deus é arbitrário. Antes, esse tipo de reflexão não era realizado, mas hoje ele acontece e é preciso corrigir as interpretações de forma a torná-las compatíveis com uma idéia digna do mistério de Deus, e isso exige novas leituras, até mesmo de coisas declaradas explicitamente nos Evangelhos.

Não vejo a Igreja trabalhando a fundo nisso.

Esse é um problema. O Novo Testamento dispõe que Deus enviou seu filho para a morte a fim de expiar os pecados; isso é uma selvageria, pertencente a uma cultura antiga. Da mesma forma, imaginar um Deus com inferno ao lado, uma câmara de tortura eterna, é um insulto a Deus.

Interessante perspectiva.

Há que reinterpretar o significado do inferno e do sacrifício naquela linguagem e cultura arcaicas. Por sorte, as novas gerações não mais associam a idéia de Deus à idéia de medo.

Tradução: Paulo Eduardo Migliacci ME


Fonte: site do terra.




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