os perigos de um estado fundido com a religião

O apedrejamento de iraniana mostra os perigos de um estado fundido com a religião.

A teocracia exige que todos adotem o valor pregado pela religião que esteja no poder. Os que acreditarem em outro deus serão perseguidos, presos, mortos (apredejados pelos muçulmamos mais radicais, queimados ou enforcados pelos cristãos mais radicais ou ainda crucificados pelos judeus mais radicais, etc).

E o que dizer de um país quando a religião não se funde ao Estado mais seu povo vota exigindo que seus políticos façam leis de acordo com a religião dele? Ou ainda que avanços sejam impedidos por causa de uma proibição imposta por uns há 2 mil anos?

A democracia exige que aqueles motivados pela religião traduzam suas preocupações em valores universais, ao invés de valores específicos de uma religião. Isto porque a democracia requer que as propostas estejam sujeitas à discussão e sejam influenciáveis pela razão não por uma religião exclusiva.

Um político que pretenda aprovar uma lei proibindo o aborto, por exemplo, não pode simplesmente recorrer aos ensinamentos da igreja dele. Nem invocar a vontade divina do deus (ou deuses) que ele defenda. O políco terá que explicar porque o aborto viola algum princípio que é acessível às pessoas de outras as fés, e ainda incluindo aqueles sem fé alguma.

A política depende das nossas habilidades de persuadir uns aos outros de objetivos comuns com base em uma realidade comum. Na base da negociação e não da imposição.

A religião por outro lado não permite negociar: se algum Deus falou, então espera-se que os seguidores vivam de acordo com as vontades deste Deus, a despeito das conseqüências.



Na entrevista dada à rádio CBN pela escritora Lya Luft, ela comenta sobre o apedrejamento da iraniana. Clique no botão play para ouvir a entrevista.








(clique no link abaixo para ouvir a notícia direto no site da CBN)
Apedrejamento de iraniana mostra os perigos de um estado fundido com a religião

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